Gentle Giant, upload feito originalmente por valériee.
Desta vez Saramago acompanha a viagem de Salomão - um elefante que tinha vindo da Índia com o respectivo cornaca para a corte de D. João III e que foi posteriormente oferecido pelo rei ao seu primo, o arquiduque da Áustria, Maximiliano II.
Estamos no século XVI, anos de 1550 a 1552 e a longa caminhada entre Belém e Viena é dura, embora sem grandes sobressaltos. A informação histórica sobre a viagem é escassa, mas isso apenas serviu para que Saramago fizesse aquilo que melhor sabe: juntar à realidade a sua ficção, reinventando um acontecimento aparentemente insólito, mas simples, à luz da sua visão tão irónica e lúcida como humana.
A viagem, feita ao ritmo do elefante, transforma-se na metáfora da vida humana - com as suas peripécias, os seus dissabores e pequenas alegrias, com os seus cansaços e descansos, com algumas surpresas também... mas com um e o mesmo destino. No fundo, mesmo que nos mudem o nome continuamos a ser quem somos... e por muito que caminhemos, sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam [O Livro dos Itinerários, na epígrafe do livro]. Será apenas a morte o final da viagem?
De facto Salomão caminhou milhares de quilómetros para chegar a Viena, depois de ter vindo da Índia para Portugal e acabou por falecer apenas um ano mais tarde. Mas talvez, o mais importante não seja chegarmos ao nosso destino final, mas encararmos a viagem como a sucessão de experiências que valerá a pena levarmos na bagagem quando partirmos de vez...
Estamos no século XVI, anos de 1550 a 1552 e a longa caminhada entre Belém e Viena é dura, embora sem grandes sobressaltos. A informação histórica sobre a viagem é escassa, mas isso apenas serviu para que Saramago fizesse aquilo que melhor sabe: juntar à realidade a sua ficção, reinventando um acontecimento aparentemente insólito, mas simples, à luz da sua visão tão irónica e lúcida como humana.
A viagem, feita ao ritmo do elefante, transforma-se na metáfora da vida humana - com as suas peripécias, os seus dissabores e pequenas alegrias, com os seus cansaços e descansos, com algumas surpresas também... mas com um e o mesmo destino. No fundo, mesmo que nos mudem o nome continuamos a ser quem somos... e por muito que caminhemos, sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam [O Livro dos Itinerários, na epígrafe do livro]. Será apenas a morte o final da viagem?
De facto Salomão caminhou milhares de quilómetros para chegar a Viena, depois de ter vindo da Índia para Portugal e acabou por falecer apenas um ano mais tarde. Mas talvez, o mais importante não seja chegarmos ao nosso destino final, mas encararmos a viagem como a sucessão de experiências que valerá a pena levarmos na bagagem quando partirmos de vez...
Não deixem de visitar aqui a recriação de José Saramago da rota portuguesa desta viagem!
[a fotografia do elefante indiano, aqui.]
acabei de o ler. tão bom. bom mesmo
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